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sábado, 2 de outubro de 2010

Naturalistas ou Pré-Socráticos


Como havia combinado, prosseguirei dando introduções filosóficas. Agora falando sobre a história da filosofia e a primeira corrente filosófica conhecida como os Naturalistas ou Pré-Socráticos. Então segue o post. Esse parece meio grande, mas a linguagem está bem simples, não se preocupe. 

Esse período da filosofia recebe os nomes de "Pré-Socráticos" e "Naturalistas", devido Socrátes , ser considerado o filosofo marco para o mundo da filosofia e também por os filósofos desta época focarem suas questões filosóficas, principalmente no mundo exterior, acreditando que essas sejam a origem de tudo. 

Nesta fase, os filósofos, buscavam as respostas nas transformações da natureza e do ser-humano, pois segundo eles essas interferiam diretamente nas outras questões secundarias, porém a grande questão para eles era determinar o que ou qual era a substância originaria de tudo. 

Os Filósofos: 

Tales: É o filosofo, mais antigo que se pode ouvir falar, apesar de não ter escrito nada, sua filosofia Naturalista, partia do principio de que a Água é a substância unica de todas as coisas, onde ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra (gelo por exemplo) e ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Dai a origem há diversas formas de vida (vegetal e animal), devido esse ciclo (vapor, chuva, rio, mar, terra).  
Tales é conhecido, como o fundador da escola Jônica (Estado Grego)


Anaximandro: Foi discípulo de Tales, geógrafo, matemático, astrônomo, político e autor. Sua teoria parte do princípio de uma substância universal e indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada. Seus pensamentos ainda seguem muito a linha de Tales, porém sem a necessidade de uma substância material que seja a origem de tudo, quer dizer o  ápeiron, diferente da água não tem forma física, porém tem a forma que quiser, pois faz parte de tudo e é a origem de tudo. 


Anaxímenes:  Acredita que o elemento primordial das coisas é o ar. Segundo o mesmo, a arkhé (comando) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron e nem tão palpável como a água. Sua teoria acredita que tudo provém do ar, através de seus movimentos, ou seja o ar pode ser a respiração e consecutivamente a vida, o fogo é o ar rarefeito e a terra e a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. Quer dizer tudo é ar variando apenas a densidade.


Heráclito:  Filho de uma família muito conservadora em relação a filosofia dos descendentes e fundadores da cidade. Tinha a fama de melancólico e desprezava a plebe, a religião, a política e os poetas e filósofos da época. 
Escreveu um livro em prosa sobre a Natureza, que recebeu o cognome de Skoteinós (O Obscuro). 
Formulou o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias e estabeleceu a existência de uma lei universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os acontecimentos particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de tensões. 
Suas filosofias eram a dialética exterior (um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa dissolvendo-se a si mesma), uma dialética imanente do objeto situando-se, na contemplação do sujeito, e uma objetividade de Heráclito que buscava compreender a própria dialética como princípio).


Pitágoras: Fundador da escola pitagórica, que diz que o princípio essencial (substância) de  todas as coisas, é o número, quer dizer, as relações matemáticas. Dai a racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, ou seja o número é a essência das coisas.


Zenão:  Mestre da Escola Eleática e considerado criador da dialética (entendida como argumentação combativa ou erística), escreveu várias obras em prosa e defendeu o ser uno, contínuo e indivisível de Parmênides contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos pitagóricos.
Interveio na política, dando leis à sua pátria. Tendo conspirado contra a tirania, acabou preso, torturado e por não revelar o nome dos comparsas, foi condenado a morte


Demócrito: Mais conhecido filosofo do período, assim como a maioria dos filósofos Naturalistas, acredita em uma substância originaria de tudo, na qual o mesma definia de Átomo. Como sabemos os átomos realmente existem, porém existem substâncias ainda menores, contudo, para a época que ele viveu, é uma descoberta incrível. Sua filosofia parte do mesmo principio da de Tales, Anaximandro e Anaxímenes, porém ao contrário deles, sabia que essa substância não poderia ser nenhuma outra matéria visível, mas também não poderia ser impalpável. Quer dizer os átomos são pequenos "tijolinhos " que juntos conseguem obter qualquer forma. 


Conclusão:


Depois de vermos um pouco da filosofia dos filósofos deste período, fica ainda mais claro perceber seus enfoques nas questões da natureza e de uma substância originaria de tudo, porém é claro notar que o filósofo que melhor abordou o tema nesse sentido foi Demócrito. 

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